quinta-feira, 14 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
Metade das cidades brasileiras não está preparada para acabar com lixões
A partir de 2 de agosto, todos os lixões devem ser fechados e as cidades vão ter que mandar os resíduos para um aterro sanitário. A dez dias da lei entrar em vigor, metade das cidades brasileiras não está preparada.
O problema é gigante. O Brasil gerou 62 milhões de toneladas de lixo, em 2012, que é o dado mais recente. Só a Região Sudeste é responsável por metade disso.
As prefeituras, os governos estaduais e o governo federal tiveram quatro anos para se preparar para acabar com os lixões. Mas, em várias cidades, o problema está muito longe de uma solução.
Há um pedaço da capital do país que nem os moradores de Brasília querem ver. Eles disputam o que a cidade jogou fora. Comem em meio ao lixo. Centenas de catadores enxergam naquilo que ninguém mais quer, um jeito de sobreviver.
O lixão da Estrutural é um terreno a céu aberto onde Brasília despeja 52 mil toneladas de lixo todos os meses. Sem nenhum tipo de tratamento.
A cena se repete desde a década de 60: o caminhão descarrega e, entre ratos e urubus, os catadores remexem os sacos em busca de algum material que tenha algum valor para venda. Só que agora, o lixão de Brasília vai ter que ser fechado para cumprir uma lei que existe já há quatro anos. Mas, a capital do país não conseguiu se preparar para dar outro destino ao seu lixo.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, determina que todos os lixões do país deverão ser fechados até 2 de agosto.
O lixo vai ter que ir para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável, para evitar a contaminação do solo. O chorume, que é aquele líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. E o gás metano, também resultado da decomposição, e que pode explodir, terá que ser queimado.
O governo do Distrito Federal promete cumprir a lei, mas diz que precisa de mais tempo para terminar o aterro sanitário. A construção das células protegidas, que vão receber o lixo, ainda está em fase de licitação.
Prevê-se que em outubro ele estaria pronto para operar no que diz respeito a parte das células, destaca Hamilton Ribeiro, diretor adjunto do serviço de limpeza urbana.
Um aterro sanitário é uma obra que exige dinheiro. Coisa que o presidente da Confederação Nacional dos Municípios diz que a maioria das prefeituras não têm.
Mais de 50%, seguramente, não vão poder cumprir a lei. E dos outros 50%, uma parcela bastante grande vão estar fazendo o recolhimento, mas de forma parcial, não de forma integral, conforme prevê a lei.
As cidades pequenas não têm dinheiro nem para fazer os planos de gestão dos resíduos, segundo a confederação dos municípios. É o caso de Ouro Fino, no sul de Minas. O prazo não vai ser cumprido lá.
Todo o lixo recolhido - o orgânico, o que poderia ser reciclado e até galhos de árvores – são levados por uma estrada de terra até um terreno que fica a oito quilômetros do centro da cidade. A placa ali diz: Aterro Sanitário de Ouro Fino. Mas, mesmo olhando de longe, do outro lado do vale, dá para ver que o destino final é um lixão mesmo.
O monte de lixo que se formou nos últimos dez anos é uma ameaça ao solo. A única providência que vimos foi a cobertura dos sacos de lixo.
No Nordeste o Bom Dia Brasil encontrou uma situação ainda pior. Em São Luís, capital do Maranhão, o lixo se acumula pelas ruas. Terrenos baldios viraram depósitos clandestinos. Até o lixão da cidade está onde não devia.
O gás metano não é o único risco que um deposito de lixo joga no ar. O aeroporto de São Luís fica a 6 km de distância e a rota dos aviões passa exatamente em cima do lixão. Segundo a Aeronáutica, no ano passado, foram 26 acidentes de aeronaves que se chocaram com aves. Esse ano foram pelo menos 6.
Por conta dos acidentes e do desrespeito às leis ambientais, o lixão é alvo de ações na Justiça desde 1997.
Na periferia da cidade, a situação é mais grave. Sem coleta de lixo de casa em casa, alguns moradores levam o problema para o fundo do quintal.
O caminhão de lixo não passa aqui, então a gente fica obrigado a jogar o lixo pro outro terreno baldio, completa Marilene de Souza, moradora.
A prefeitura de São Luís não quis gravar entrevista e também não informou os planos para o fechamento do lixão.
O problema é gigante. O Brasil gerou 62 milhões de toneladas de lixo, em 2012, que é o dado mais recente. Só a Região Sudeste é responsável por metade disso.
As prefeituras, os governos estaduais e o governo federal tiveram quatro anos para se preparar para acabar com os lixões. Mas, em várias cidades, o problema está muito longe de uma solução.
Há um pedaço da capital do país que nem os moradores de Brasília querem ver. Eles disputam o que a cidade jogou fora. Comem em meio ao lixo. Centenas de catadores enxergam naquilo que ninguém mais quer, um jeito de sobreviver.
O lixão da Estrutural é um terreno a céu aberto onde Brasília despeja 52 mil toneladas de lixo todos os meses. Sem nenhum tipo de tratamento.
A cena se repete desde a década de 60: o caminhão descarrega e, entre ratos e urubus, os catadores remexem os sacos em busca de algum material que tenha algum valor para venda. Só que agora, o lixão de Brasília vai ter que ser fechado para cumprir uma lei que existe já há quatro anos. Mas, a capital do país não conseguiu se preparar para dar outro destino ao seu lixo.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010, determina que todos os lixões do país deverão ser fechados até 2 de agosto.
O lixo vai ter que ir para um aterro sanitário, forrado com manta impermeável, para evitar a contaminação do solo. O chorume, que é aquele líquido liberado pela decomposição do lixo, deverá ser tratado. E o gás metano, também resultado da decomposição, e que pode explodir, terá que ser queimado.
O governo do Distrito Federal promete cumprir a lei, mas diz que precisa de mais tempo para terminar o aterro sanitário. A construção das células protegidas, que vão receber o lixo, ainda está em fase de licitação.
Prevê-se que em outubro ele estaria pronto para operar no que diz respeito a parte das células, destaca Hamilton Ribeiro, diretor adjunto do serviço de limpeza urbana.
Um aterro sanitário é uma obra que exige dinheiro. Coisa que o presidente da Confederação Nacional dos Municípios diz que a maioria das prefeituras não têm.
Mais de 50%, seguramente, não vão poder cumprir a lei. E dos outros 50%, uma parcela bastante grande vão estar fazendo o recolhimento, mas de forma parcial, não de forma integral, conforme prevê a lei.
As cidades pequenas não têm dinheiro nem para fazer os planos de gestão dos resíduos, segundo a confederação dos municípios. É o caso de Ouro Fino, no sul de Minas. O prazo não vai ser cumprido lá.
Todo o lixo recolhido - o orgânico, o que poderia ser reciclado e até galhos de árvores – são levados por uma estrada de terra até um terreno que fica a oito quilômetros do centro da cidade. A placa ali diz: Aterro Sanitário de Ouro Fino. Mas, mesmo olhando de longe, do outro lado do vale, dá para ver que o destino final é um lixão mesmo.
O monte de lixo que se formou nos últimos dez anos é uma ameaça ao solo. A única providência que vimos foi a cobertura dos sacos de lixo.
No Nordeste o Bom Dia Brasil encontrou uma situação ainda pior. Em São Luís, capital do Maranhão, o lixo se acumula pelas ruas. Terrenos baldios viraram depósitos clandestinos. Até o lixão da cidade está onde não devia.
O gás metano não é o único risco que um deposito de lixo joga no ar. O aeroporto de São Luís fica a 6 km de distância e a rota dos aviões passa exatamente em cima do lixão. Segundo a Aeronáutica, no ano passado, foram 26 acidentes de aeronaves que se chocaram com aves. Esse ano foram pelo menos 6.
Por conta dos acidentes e do desrespeito às leis ambientais, o lixão é alvo de ações na Justiça desde 1997.
Na periferia da cidade, a situação é mais grave. Sem coleta de lixo de casa em casa, alguns moradores levam o problema para o fundo do quintal.
O caminhão de lixo não passa aqui, então a gente fica obrigado a jogar o lixo pro outro terreno baldio, completa Marilene de Souza, moradora.
A prefeitura de São Luís não quis gravar entrevista e também não informou os planos para o fechamento do lixão.
Fonte: G1
http://onirabr.com/noticias_dt.php?id=593
segunda-feira, 28 de julho de 2014
segunda-feira, 30 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
Política Nacional de Resíduos Sólidos – I
Você sabe qual é o seu papel?
Em colaboração com Rodrigo Augusto Silva | Gestor Ambiental da Porto Seguro

Mas o que muda, de fato, com a nova lei?
A lei se baseia no princípio de responsabilidade compartilhada (art.3° – inciso XVII), porque a maioria dos problemas ambientais vem seguida de questões sociais e econômicas que acabam por impactar grande parte da sociedade, ou seja, o problema ambiental é compartilhado.
Então, a partir de agora, fabricantes, distribuidores, importadores e revendedores são responsáveis pelo gerenciamento e descarte final de seus resíduos. De maneira e em locais ambientalmente adequados, lógico!
Mais que destinação de resíduos
A PNRS é um avanço, pois engloba a maioria dos resíduos sólidos, além de unificar as legislações municipais e estaduais já existentes. A lei aborda também uma série de temas, dentre eles: a inclusão social e geração de renda por meio da reciclagem, quando determina que as cooperativas de reciclagem são instrumentos da PNRS; estimula empresas a utilizarem/adotarem produtos reciclados, com possíveis incentivos fiscais; exige dos municípios a adequação e estruturação da coleta seletiva, e relaciona uma série de outros assuntos.
Além disso, o poder público e os consumidores finais têm suas funções citadas no texto. Opa! Espera aí, então! Se as leis servem para regular e manter uma sociedade, e nós consumidores somos citados na PNRS, precisamos então conhecer as atribuições que nos foram dadas, certo?
A lei traz um conceito chamado logística reversa (o retorno do resíduo para a cadeia de suprimentos/valor) que está diretamente ligado ao nosso papel de “cidadão consumidor’)
FONTE: http://www.atitudespositivas.com.br/novidadespositivas/politica-nacional-de-residuos-solidos-%E2%80%93-i/
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