segunda-feira, 18 de junho de 2012

IBGE revela carência de coleta seletiva de lixo

O número de cidades brasileiras com coleta seletiva de lixo mais que dobrou de 2000 a 2008, mas ainda assim apenas 1.087 municípios, ou 19,5% do total, têm alguma forma de separação para reciclagem. Segundo a pesquisa Índices de Desenvolvimento Sustentável (IDS 2012), divulgada nesta segunda-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000, apenas 8,2% das cidades tinham coleta seletiva.

Ao mesmo tempo, porém, o Brasil é campeão em reciclagem de alumínio, com 98,2% de reaproveitamento de latinhas, em 2009. "No Brasil, os altos níveis de reciclagem nem sempre estão associados à educação e à conscientização ambiental. Muitas vezes o alto valor das matérias-primas e a presença de uma massa de trabalhadores sem qualificação e poucas opções de emprego são fatores que explicam", diz o IBGE no documento da IDS 2012.

Mesmo o Paraná, Estado com a maior cobertura de coleta seletiva, tem 52,1% das cidades nessa situação. A disparidade regional é enorme: no Piauí, duas cidades (0,9% do total) têm coleta seletiva.

Os municípios com coleta seletiva estão mesmo concentrados nas regiões Sudeste e Sul, onde 25,9% e 41,3% das cidades, respectivamente, fazem separação de lixo. São piores os dados para o Norte (5,1% das cidades), Nordeste (6%) e Centro-Oeste (7,1%).

Desenvolvimento sustentável

Caiu a mobilização política local, nos municípios, em torno do desenvolvimento sustentável. Em 2002, 50,6% da população viviam em cidades com Agenda 21 Local. Em 2009, a parcela caiu para 41,2%, segundo a pesquisa IDS. Em 2009, havia apenas 978 municípios com Agenda 21 Local.

A Agenda 21 é um documento assinado por 178 países na Rio 92, estabelecendo uma série de objetivos, critérios e princípios para o desenvolvimento sustentável. A Agenda 21 Local é um processo de planejamento estratégico para implementar a agenda localmente. O fim do Programa Farol do Desenvolvimento, do Banco do Nordeste (BNB), que financiava a instalação de projetos de Agenda 21 Local, foi apontado pelo IBGE como um dos motivos para a desmobilização.

Segundo Denise Kronemberger, coordenadora técnica da IDS 2012, a queda na população residente em cidades com Agenda 21 Local demonstra a insustentabilidade de programas para impor o desenvolvimento sustentável "de fora". "Isso mostra a importância desses processos serem endógenos", afirmou Denise.

Camada de ozônio

De 1992 para 2010, o Brasil reduziu em 89,2% o consumo de substância nocivas para a camada de ozônio, segundo a IDS. A destruição da camada de ozônio, um dos principais problemas da agenda ambiental de 20 anos atrás, na Rio 92, está sendo combatida.

Isso porque o Protocolo de Montreal, assinado em 1987 e atualmente com 196 países signatários, que decidiu pela redução do uso de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDOs), tem sido bem-sucedido.

No Brasil, segundo a compilação do IBGE, o uso de SDOs caiu de 11.099 toneladas PDO (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio, unidade calculada englobando os diferentes tipos de substâncias), em 2000, para 1.208 toneladas PDO, em 2010. Os clorofluorcarbonos (CFCs) são os SDOs mais conhecidos.


Por LUCIANA NUNES LEAL E VINÍCIUS NEDER, estadao.com.br, Atualizado: 18/6/2012 11:25

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Coleta seletiva solidária muda vida de moradores de Búzios

Lixo vira matéria-prima para os catadores, que coletam nas ruas e nos imóveis os materiais recicláveis separados.
A cidade de Búzios é uma das pioneiras no Estado do Rio a ter um convênio com uma cooperativa de catadores de lixo reciclável. Essa parceria começou no mês de março e, está dando certo. Hotéis e pousadas colaboram com a separação lixo. E pelas ruas, ecopontos foram espalhados.

Vai para o lixo, mas não é jogado fora. É rotina dos funcionários de uma pousada em Búzios separar o que pode ser reciclado.


Depois, o lixo vira matéria-prima para os catadores, que coletam nas ruas e nos imóveis os materiais recicláveis separados. Eles fazem parte do programa de Coleta Seletiva Solidária. O trabalho já existia informalmente há seis anos. Mas na semana passada, ganhou apoio da prefeitura, que com isso, atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos. Uma meta do Governo Federal de até 2014 dar destinação correta ao lixo.


Dez locais de coletas, os chamados Eco-pontos foram espalhados pela cidade. Outros 10 ainda estão para serem instalados.


O que é recolhido nas ruas pelos catadores vai para a cooperativa, que nada mais é que um grande depósito onde é feito o trabalho de separação dos materiais por tipo. Separado, esse material é levado para pelo menos 10 empresas que fazem a reciclagem e transformam, por exemplo, garrafas pet em telhas recicláveis.


Da prefeitura, a cooperativa recebe verba de R$ 4 mil por mês. Hoje, cerca de 30 catadores e oito funcionários trabalham no serviço de coleta. O emprego foi a saída para Marinete da Silva Cruz, depois que o lixão de Báia Formosa foi desativado.

do RJ INTER TV 1ª Edição



quarta-feira, 6 de junho de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Inovação e curiosidades

Compostáveis e oxobiodegradáveis: entenda as diferenças
As sacolas compostáveis são ideais para o descarte de lixo orgânico destinado à compostagem. Embalagem e conteúdo vão se desintegrar e produzir adubo/Créditos: Reprodução - Abicom
Assim como a substituição da matéria prima fóssil por fontes renováveis, a forma de degradação do material plástico tem sido outra preocupação frequente do setor, com o intuito de gerar soluções ambientalmente mais sustentáveis. Uma das alternativas apresentadas são os polímeros biodegradáveis.
O plástico biodegradável, a partir da ação de micro-organismos, deve ser reduzido a CO2 (dióxido de carbono) e água em ambiente aeróbico ou CH4 (gás metano) e água em ambiente anaeróbico. Contudo, essa forma de degradação somente ocorre em condições apropriadas, ou seja, é necessária a presença de água, nutrientes minerais, controle de temperatura e pH. Fora dessas condições, os plásticos vão se comportar como um material convencional, que vai permanecer no ambiente por longo período.
Dentre os polímeros biodegradáveis, são classificados diferentes produtos que vão variar quanto a forma de produção e degradação, como os compostáveis e os oxobiodegradáveis.
O plástico compostável deve ser destinado preferencialmente a usinas de compostagem, onde, junto com matéria orgânica, vai se decompor em água, CO2 e o húmus, que dá origem a um adubo natural. O processo também pode ocorrer em escala caseira. A matéria-prima pode ser de origem fóssil, fonte renovável ou até mesmo resultante de uma combinação de ambos. Se todas as condições necessárias forem atendidas, o plástico compostável se degrada em até 180 dias.
Já os plásticos oxobiodegradáveis contêm aditivos pró-oxidantes em sua formulação, que vão facilitar a quebra dos polímeros em moléculas bastante reduzidas, facilitando a ingestão por micro-organismos. Sendo assim a oxobiodegradação passa por dois processos: primeiro a desintegração da cadeia do polímero e somente depois a decomposição.
A efetiva utilização comercial desses produtos ainda encontra entraves e resistências. Materiais biodegradáveis ainda tem um alto custo, porque boa parte da matéria prima ou aditivos utilizados na composição ainda precisa ser importada, encarecendo o produto final. Por outro lado, ainda há controvérsias quanto a real biodegradação desses polímeros. É importante ressaltar que os plásticos somente serão biodegradáveis se todos os seus constituintes do produto também forem.
Na visão da professora da faculdade de Engenharia Química da Unicamp, Lucia Mei, a resistência ao uso do biodegradável está relacionada com a falta de informação sobre o que eles realmente são e como funcionam. É preciso que a população confie na eficiência do produto, para que assim mais pesquisas na área sejam incentivadas, possibilitando a produção nacional, sem a necessidade de grandes importações de matérias primas.
FONTE:http://www.cenne.com.br

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Precicle !

Você sabe o que é preciclar?

É muito simples!
É pensar antes de comprar.
40% do que nós compramos é lixo.

São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada, que vão direto para o lixo aumentar os nossos restos imortais no planeta.

Poderia ser diferente?
Tudo sempre pode ser melhor.

Pense no resíduo da sua compra antes de comprar. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins.

FONTE: http://www.lixo.com.br/content/view/132/239/

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Ampla, Prefeitura e COCARE inauguram, no Centro, posto de Consciência Ecoampla


Foi inaugurado quinta-feira (19), pela distribuidora de energia elétrica Ampla, em parceria com a secretaria municipal de Meio Ambiente e Pesca e a Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis da Região dos Lagos (Cocare), o posto de Consciência Ecoampla em Búzios. O objetivo é incentivar a prática da reciclagem na região por meio do programa da distribuidora que esta trocando resíduos recicláveis por bônus na conta de luz. O novo ponto de coleta fica em um espaço cedido pela prefeitura no Horto Municipal, Estrada Velha da Usina, s/nº, Centro de Búzios, ao lado da sede da secretaria de Meio Ambiente.
O evento contou com a participação do Prefeito de Búzios, Mirinho Braga, do gerente de relações institucionais da Ampla, Guilherme Brasil, e do responsável pelo Programa de Reaproveitamento de Óleo Vegetal do Estado do Rio de Janeiro (Prove), Eduardo Lima. A ação integra o projeto ‘Cidade Inteligente Búzios’, que prevê a conversão da rede de distribuição de energia em uma rede mais inteligente, com medidores digitais e uma automatização capaz de integrar toda a geração existente, novas energias renováveis e veículos elétricos.
De acordo com Mirinho Braga, o projeto Cidade Inteligente Búzios está começando a aparecer com as ações que estão sendo implantadas no município como, por exemplo, o Ecoampla.
-Este projeto que une aspectos sociais, educacionais e sustentáveis, além de modernizar os equipamentos em benefício da comunidade, faz com que o cidadão se interesse m guardar os recicláveis para posterior desconto na conta - Disso o prefeito.
O programa Consciência Ecoampla iniciou suas atividades na região no início de 2012, em um projeto piloto, e agora está sendo implantado permanentemente no município. O posto atenderá a população, o comércio e os hotéis que se interessem em fazer a troca do seu material reciclável. A concessionária também atuará em Búzios com o cadastro e recolhimento de óleo vegetal por meio de uma parceria com o INEA - Instituto Estadual do Ambiente, trocando o resíduo por descontos na conta de energia.
                              
Como participar do Ecoampla

Para participar do Ecoampla, o processo é bem simples. O cadastro dos clientes deve ser feito em um posto de troca, mediante a apresentação de uma conta de luz e um documento de identificação do titular da conta. Após o cadastramento, os clientes recebem um cartão personalizado para realizarem as próximas trocas. Em Búzios, esse cadastramento deve ser feito diretamente no posto localizado no Horto Municipal.
A próxima etapa consiste na separação dos materiais recicláveis dos resíduos orgânicos. Depois disso, o cliente deve agrupar os recicláveis por tipo. Na lista dos resíduos para reciclagem estão: papéis, metais (exceto cobre), plásticos, vidro e óleo vegetal. Nos postos do Ecoampla, o material arrecadado pelo cliente é pesado e o valor de bônus proporcional é creditado na fatura seguinte, de acordo com o ciclo de faturamento.
 A Cocare foi escolhida para ser a cooperativa que fará o recolhimento diário dos resíduos do posto e também o recolhimento móvel, com dois caminhões que pegarão o material nos postos de entrega voluntária distribuídos pela cidade.

Colaborador: Guilherme Barcellos
Fonte: Jornal Primeira hora